segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ACM NETO RELEMBRA DADOS DO CRESCIMENTO POLÍTICO E RECONHECE TORMENTO FINANCEIRO DE SUA ADMINISTRAÇÃO

Esta semana, o prefeito de Salvador, é a personalidade de destaque numa das revistas de grande circulação por todo país. Em entrevista exclusiva para Revista PODER, Antônio Carlos Magalhães Neto, de 34 anos, fala de sua liderança desde muito cedo, da relação com seu avô ACM, da iniciação política precoce e das dificuldades da administração de Salvador que ele reconhece está vivendo momento de grandes desafios.
O prefeito do município com a pior arrecadação per capita entre as capitais do Brasil, R$ 1.293 (seguido por Belém, R$ 1.312, e Rio Branco, R$ 1.367), ACM Neto (DEM-BA) diz que herdou uma dívida de R$ 3,1 bilhões da última administração e pretende pagar promovendo o que ele chama de “eficiência na arrecadação de impostos”, algo que soa como uma dessas mágicas que se tornaram a expertise de políticos brasileiros. Ele garante que não vai cobrar um tostão a mais do contribuinte, “apenas combater a sonegação e a inadimplência”. “Hoje, apenas 400 mil pessoas pagam IPTU. Quero elevar esse número para 1,1 milhão.” Afirmou à revista.
ACM Neto também garantiu que a política sempre esteve em seu sangue. Em seu histórico, pode-se apontar que aos 8 anos de idade, já era síndico mirim do edifício onde morava. Em 1990, quando tinha de 10 para 11 anos, foi cabo eleitoral do avô na bem-sucedida eleição de ACM ao governo do estado. Mas foi após a morte repentina de Luís Eduardo( que era o herdeiro político preferido do avô), aos 43 anos, vitimado por um infarto, que a política se concretizou na vida de ACM Neto.
Postulante à vida política, muito jovem, o atual prefeito da capital de todos os santos concluiu o curso de direito em quatro anos e meio, foi eleito deputado federal já aos 23 anos, se casou aos 25 e foi pai aos 28.
Neto construiu sua carreira na oposição criticando os governos Lula e Dilma, a corrupção e o mau uso do dinheiro público. Agora, quase seis meses à frente da prefeitura de Salvador, ainda não mostrou a que veio. Apesar de ter conseguido aprovar na Câmara a transferência da administração da Linha 1 do Metrô, em construção há mais de uma década, para o governo do estado. Lutando com o caixa deficitário, conseguiu recentemente se encontrar com Dilma Rousseff pela primeira vez na expectativa de instituir uma temporada frutífera entre os dois de olho em verba para o seu município.
O planalto vibra com isso. Os números comprovam a tese positiva da ascensão de Dilma, melhor dizendo: do PT. Se interpretado que o PFL fez na Bahia 125 prefeitos em 2000 de um total de 417 municípios. Enquanto em 2012, o DEM conseguiu eleger somente nove prefeitos.
Com um cenário de terra devastada, o desafio de ACM Neto agora será fazer uma gestão que agrade para alcançar seus planos. Especula-se fortemente que ele quer o governo do Estado da Bahia em 2018, a Presidência em 2022, e que está balançado com 2014, já que hoje, em sondagens de marqueteiros, está disparado na frente de todos os possíveis candidatos ao governo estadual.
*Texto e foto reproduzidos do UOL.

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