Ainda segundo Marcos Dias, a invasão à propriedade, só aconteceu por conta do não cumprimento do que foi combinado entre o fazendeiro e o INCRA, que por sua vez ainda locou a fazenda para meeiros.
Na manhã desta quarta-feira, o proprietário ligou para o coordenador do movimento para comunicar que está tratando de uma ação para providenciar a saída dos ocupantes, no entanto, Marcos garante que afirmou ao responsável que isso deverá ser discutido com o INCRA e não com ele, e que a saída somente vai se dar mediante ação jurídica acompanhada da entidade que representa o movimento. “Nós não temos tempo previsto para sair daqui, a não ser que mude o acordo e tenha uma ação judicial”. Afirmou o coordenador da ação.
Em uma outra entrevista, um dos participantes da invasão que não quer ser identificado, contou ao Blog do Miolo Baiano que as pessoas que estão lá, estão alojadas em barracas de lona e dentro de alguns espaços físicos que estavam desocupados. O militante, disse também que até o momento a rotina está tranquila e confirmou que internamente, as pessoas que lideram o grupo, estão fazendo um trabalho de base e conscientização do “Abril vermelho” para alcançar um crescimento significativo em pouco tempo, já que não há previsão de saída.
O Miolo Baiano perguntou ao coordenador sobre a presença das crianças no acampamento que podem ter prejuízos na escola e na saúde. O qual garantiu que no local, as crianças não estão sem freqüentar aulas, pois tem sala de aula na estrutura e que em meio aos ocupantes também tem uma enfermeira que faz o acompanhamento da saúde de todos.
Já sobre o movimento do MST que está presente em várias cidades do Brasil no mês de abril. Marcos disse o seguinte: “O abril vermelho é uma data simbólica e com isso queremos chamar atenção das autoridades de todas das esferas municipal, estadual e nacional para esse importante movimento”. Concluiu Marcos José Dias.
Só para lembrar aos nosso leitores, a ação de ocupação se repete em outros municípios do sul do estado, entre eles: Porto Seguro, Itamaraju, Eunápolis, Itabela, Alcobaça, Feira de Santana e Teixeira de Freitas. Além destas propriedades, o MST pretende ocupar 50 fazendas na Bahia até o próximo dia 17 de abril.
*Imagem ilustrativa.
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