O estado da Bahia conta, desde a última sexta-feira, 15, com um grupo gestor para a Comissão Estadual do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), do Ministério da Agricultura, que visa definir critérios para implantação do Programa no estado e analisar formas de monitoramento.
Outro ponto importante para a Bahia é a busca da inclusão do sistema produtivo Cacau-Cabruca entre as lavouras a serem apoiadas.“Dos 11 estados contemplados inicialmente pelo Programa ABC, a Bahia é o único a trabalhar com o cultivo conservacionista do cacau que, apesar de ter sido enquadrado na linha de financiamento do FNE Verde do Banco do Nordeste, não está ainda contemplado pelo Programa do Ministério”, explica o Presidente da Câmara Setorial do Cacau e Secretário Executivo do Instituto Cabruca, Durval Libânio, que também integra o grupo gestor recém-criado. O sistema agroflorestal Cacau-Cabruca considerado conservacionista por manter as árvores nativas da Mata Atlântica, contribui para a conservação da água e do solo, para a biodiversidade, para o seqüestro de carbono e para a conservação de importantes espécies do bioma, além de trazer outras fontes de renda para o produtor, como o manejo de madeira morta, por exemplo.
De acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau, a Bahia tem 32 mil produtores, responsáveis por 70% da produção de cacau do Brasil. Apesar de ser nativo da Amazônia, foi com a sombra das árvores da Mata Atlântica na Bahia, que ele prosperou e se desenvolveu. Em 2010, a produção baiana foi de 160 mil toneladas.
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