O produto é suspeito de causar problemas como câncer, diabetes e infertilidade, além de provocar efeitos adversos no desenvolvimento físico, neurológico e comportamental das crianças.
A explicação é que o BPA pode exercer atividade similar à de um hormônio. O BPA é uma substância usada em plásticos e resinas. Produz materiais denominados de policarbonatos, que são moldáveis quando aquecidos e, por isso, muito utilizados para a indústria.
No Brasil, um projeto de lei que proíbe a venda de mamadeiras e chupetas produzidas com BPA tramita em fase avançada no Congresso e entidades médicas se mobilizam para alertar a população e os profissionais de saúde sobre os potenciais riscos do composto químico.
Segundo a pediatra Ilma Cunha, da Amil Brasília, crianças de até dois anos são as mais vulneráveis ao efeito do produto, pois estão em rápido desenvolvimento, têm pouco peso e maior dificuldade de metabolizar agentes tóxicos. "Os problemas surgem quando se tornam jovens adultos e passam a sofrer de doenças crônicas que antes eram comuns na terceira idade", comenta.
A especialista explica que quando líquidos aquecidos são colocados dentro de uma mamadeira plástica, ela desloca componentes químicos para o alimento. "O BPA é uma substância tóxica e pode provocar alterações no âmbito celular", descreve.
Apesar do alerta, Ilma lembra que a substância não está só quando o assunto é exposição a riscos por fatores exógenos. "Corantes e agrotóxicos também afetam a saúde. Estamos expostos a várias e contínuas contaminações".
Para os pais, a pediatra sugere o uso de mamadeiras de vidro, à moda das gerações passadas. Além disso, indica a utilização de recipientes de vidro ou porcelana na hora de aquecer os alimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário