Recentemente, o governo ampliou o prazo de pagamento do
crédito consignado para aposentados, pensionistas e servidores públicos
federais.
No caso de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), o número máximo de parcelas passou de 60 a 72, valendo para
desconto em folha ou cartão de crédito. Para servidores, o período aumentou de
60 para 96 meses. Segundo economista ouvido pela Agência Brasil, a medida tem
um viés positivo, pois o prazo maior permite diminuir o valor da prestação. Mas
os contemplados devem saber administrar o benefício, alerta.
“O efeito positivo é que permite uma folga no valor do
desconto do consignado. A pessoa pode transformar o empréstimo atual em um mais
longo e, assim, suavizar seu orçamento mensal. Por outro lado, o comprometimento
da renda diminui e aumenta o espaço para contrair novos empréstimos. Então
aumenta o montante total da dívida. Esse é o risco implícito nessa operação”,
analisa o economista Gilberto Braga, professor de Finanças do Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
“O servidor não deve tomar a decisão [de fazer um
empréstimo consignado] pelo valor da prestação, e sim pelo que realmente
precisa para resolver uma situação emergencial. O ideal, se puder, é reduzir o
número de prestações, para reduzir o valor dos juros e também para diminuir o
tempo que o servidor ou aposentado fica preso à obrigação”, aconselha. *Fonte:
Correio do Estado
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