O passado volta à tona. “O nó, ato humano deliberado”, é o nome do documentário que conta a história da introdução da vassoura-de-bruxa nas lavouras de cacau da Bahia a partir de 1989, relembra o fracasso do plano de recuperação e aponta as consequências da derrocada da atividade na economia do sul baiano, que foi responsável pelo êxodo rural de quase 1 milhão de pessoas. “O nó” é uma alusão aos ramos com o fungo encontrados amarrados às plantas bem distantes umas das outras, o que seria uma indicação de que a entrada da vassoura-de-bruxa foi mesmo criminosa.
O autor do trabalho, Dilson Araújo, um servidor público que se interessa por pesquisa histórica na região cacaueira, conta que começou a estudar o assunto e conheceu o Instituto Pensar Cacau, que mobilizou os produtores para financiar o projeto. O documentário, que demandou cerca de R$ 70 mil, ganhou “corpo” em 2009 e foi lançado em abril deste ano durante o Festival de Cinema Baiano, em Ilhéus.
No documentário, a Ceplac também é acusada de ter falhado no Plano de Recuperação da Lavoura Cacaueira e de participar, por meio de alguns servidores, da introdução do fungo. Procurada, a instituição ligada ao Ministério da Agricultura, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não pode se pronunciar em virtude de a União ser objeto de ação dos produtores de cacau.
*Fonte: (Valor Econômico).
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