segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PERTO DE COMPLETAR UM CENTENÁRIO, JORGE AMADO PERDE A CASA QUE ERA REFERÊNCIA NO SUL DA BAHIA

Perto de fazer 100 anos, o menino Jorge Amado não tem mais casa. A do rapaz, em Ilhéus, se mantém como pode. A do escritor famoso, em Salvador, também. Mas a pequena residência de uma porta e duas janelas, que abrigou o garoto no lugar onde ele nasceu, sumiu. Em Ferradas, distrito da zona rural de Itabuna, no Sul da Bahia, só restou a placa anunciando um museu, a grande novidade que nunca chegou.
A casa agora sem teto, sem nada, existe apenas nas lembranças de parte dos quase cinco mil moradores de Ferradas, que esperavam ver a residência transformada no Museu Jorge Amado. A promessa política de criar um espaço de homenagem ao filho mais ilustre, em sua terra natal, foi feita pela primeira vez em 1982.


“Quase 30 anos depois, não fizeram nada. O imóvel foi se deteriorando. Primeiro, foi o telhado. Os cupins comeram quase tudo. O resto, os vândalos e o tempo deram conta. Só ficaram mato e pés de mamona”, lamenta o advogado e escritor Gustavo Veloso, autor de Ferradas, Um Capítulo na História do Brasil, no qual narra a trajetória do antigo vilarejo que pariu o maior romancista baiano e um dos mais representativos nomes da literatura brasileira.

*Por Jairo Costa Júnior - CORREIO.

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