terça-feira, 26 de outubro de 2010

FAMILIARES DE GESTANTES RECLAMAM DO ATENDIMENTO NO HOSPITAL MATERNIDADE INTERLAGOS

Conhecido por ser referência em cuidar de gravidez de alto risco. O HMI (Hospital Maternidade de Interlagos – maior maternidade pública de São Paulo) tem recebido dezenas de criticas de gestantes usuárias e seus acompanhantes. De acordo com populares, segundo informações ditas por alguns funcionários, por conta dos altos valores pagos aos médicos na realização de partos cesário, a maternidade tem feito esforço maior que o necessário para que as mulheres que são encaminhadas àquela unidade dêem à luz a seus filhos e, portanto, vem causando um grandioso transtorno a parturientes que ali ficam internadas e seus familiares que agonizam na portaria, a espera dos nascimento de seus bebês.

Acompanhe trechos de uma carta escrita pelo blogueiro do Blog do Miolo Baiano, que foi encaminhada a ouvidoria do hospital, depois de ter passado mais de 33 horas aguardando um processo de parto na unidade de saúde citada:


Prezados Senhores, me chamo Ivanilton Pereira da Silva, tenho 34 anos... e fiquei PAI pela primeira vez no dia de ontem, quinta-feira, 21 de Outubro de 2010.

Através desta carta venho comunicar a Vossas Senhorias que lamentavelmente estou encaminhando junto aos Vereadores, uma SOLICITAÇÃO à Comissão de Saúde Pública do Município de São Paulo para que requeira a presença de representantes da Diretoria desta unidade de saúde pública, para prestarem esclarecimentos em Audiência Pública sobre explicações que justifiquem uma extensa lista de observações NÃO POSITIVAS constatadas por mim mesmo e testemunhada por uma família, no Hospital Maternidade Interlagos onde permaneci ininterruptamente por 33 horas e meia aguardando a realização do anunciado parto cesário de (RESERVO NOME DA MAMÃE), que segundo informações médicas prestadas na triagem feita por volta da meia-noite da última terça-feira 19, deveria ter acontecido naquela mesma madrugada.

(...AQUI FORAM TRECHOS DE DESCRIÇÕES PESSOAIS...)

Na manhã da sexta-feira dia 15 do mês em curso, recebemos da médica plantonista (reservo o nome da Dra. Para descrições na Comissão de Saúde) uma Ordem de internação urgente para as 7h00 da manhã do domingo (17), que não fora cumprida pelo atendimento do HMI, mandando levar a paciente de volta para casa e só retornar para análise de um possível parto feito pelos métodos cirúrgicos nesta sexta-feira dia 22. E de lá pra cá começamos a sofrer a tortura do que seria um complicado parto cesário.

Somente na noite de terça-feira (19), é que após constatar fortes dores na gestante e contrações que se seguiam de 10 em 10 minutos é que levamos a mesma para dar entrada na maternidade, que como disse, entrou em trabalho de parto, removida para sala pré-parto, momento em que nos informara médica atendente na recepção que o mesmo aconteceria naquela madrugada.

Pois bem, foram 33 horas e meia de ansiedade, angústia e incertezas causadas desnecessariamente a uma parturiente e nossos familiares que preocupados com o estado de saúde de minha mulher, não conseguimos confiar nos cuidados médicos da unidade, haja vista a AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES precisas e periódicas sobre nossa gestante. Fato este, acontecido a cada troca de turno dos profissionais, que por INÉRCIA, sequer buscavam ou respondia com precisão a perguntas feitas por mim, pelos nossos familiares e por outros populares que ali também aguardavam ansiosos por orientações que os tranqüilizassem quanto ao andamento do atendimento e da situação de suas respectivas parturientes, dentre os quais os vimos AMARGAR a triste desolação de não serem chamados em tempo para assistirem ao nascimento de seus filhos e filhas por descuido de alguns profissionais da triagem – dentre os quais presenciamos dois casos de trocarem os nomes dos acompanhantes que assistiriam os partos quando anunciaram na portaria da unidade e desprezaram o empenho, a dedicação e o sonho de dois pais aflitos por este momento (A lei 11.108/2005 garante que a gestante tenha um acompanhante para assistir-acompanhar a hora do parto).

SOFRIMENTO DESNECESSÁRIO:

Não obstante, depois de visitar (...) numa sala de medicamento do primeiro andar, depois de tanta espera sem informações suficientes para nos preparar para receber bem nossa filha e cuidar da mãe, fui ainda forçado a presenciar e testemunhar o sofrido nascimento de minha filha em um complicadíssimo parto cesário feito às pressas com utilização de ferro, de enfermeiras extras e força adicional para que minha mulher pudesse dar vida a nossa filha esperada com tanto carinho, sendo que a mesma situação poderia ter sido evitada se a equipe que acompanhou ao longos destas angustiantes horas de internação lhes tivessem poupado deste choque emocional, logo que constatou e me comunicou a necessidade do nascimento do bebê, sem a espera torturadora de iniciação de dilatação, já que esta estava com fortes contrações, pressão arterial acima da média e outras dores.

Por fim, tivemos um assustador e inesquecível parto cesário no qual fui obrigado a presenciar um desesperado esforço para retirar minha filha da bolsa que ela já havia engolido liquido indevido, ao tempo que me pediram para sair do lado da cabeceira da cama onde estava posicionado para apoiá-la, para que retirassem o bebê, levando nossa bebê a respirar com ajuda de aparelho, além de sofrer escoriações de ferro em seus olhos e rostinho que até aquele momento estiveram perfeitos (fatos vistos e registrados por mim em câmera fotográfica para apresentar ao relatório encaminhado a comissão de saúde).

INDIGNAÇÃO:

Agora, muito entristecido e preocupado com FUTUROS PROBLEMAS E COMPLICAÇÕES DE SAÚDE na vida de mãe e filha e, de posse das comprovações de todas estas informações, estou sim, manifestando aos Senhores a minha indignação por conta do destrato de maus profissionais lotados nesta unidade, os quais REPUDIO como infratores que arriscam a vida alheia. E o faço aqui e farei nos meios de comunicação aberta, tão somente por entender que a população usuária dos serviços públicos que devem ser respeitosamente oferecidos pelos funcionários e serventes da saúde TENHAM SEUS DIREITOS E ESTES SEJAM CUMRIDOS COM RESPONSABILIDADE e não de forma LEVIANA como aconteceu com minha família.

Com muito pesar e esperando por explicações por escrito desta diretoria, subscrevo-me,

Ivanilton Pereira da Silva (PAI) 3396-5002 / 8336-9340. ivan-nilton@hotmail.com

Nenhum comentário: