O município de Camacan teve sua participação anulada no concurso público para Agentes de Endemias, realizado no domingo passado, 11 de abril em Itabuna.
Em entrevista ao Programa de rádio “A hora do Povo” da Regional Sul FM, a Promotora de Justiça da Comarca de Camacan, Dra. Cleide Ramos esclareceu alguns dos pontos que favorecem o cancelamento da prova que teve disponível um número de cerca de 1200 vagas para candidatos de Camacan.
De acordo com a promotoria, no entendimento do juiz, o Edital do Concurso circulou em muito pouco tempo, e deixou dúvidas quanto ao meio de inscrição que foi disponibilizado, quando este pedia que fosse feita pela Internet – desconsiderando ás centena de pessoas que não tem acesso a computadores, mas estão aptas a participarem de disputas de vagas da mesma natureza.
Entre outras indagações não esclarecidas pelo edital, referente à condição dos candidatos, segundo ela, não houve uma preocupação melhor com os candidatos que apresentassem algum tipo de deficiência física.
Na visão da Dra. Cleide, tanto o governo do estado como a prefeitura, pecaram na realização do Concurso, pois muitas pessoas que eram candidatas não tinha recurso para se locomoverem até o local da prova, embora a prefeitura tivera oferecido ônibus para o transporte, a quantidade não atendia ao numero total de inscritos do município que deveriam se deslocar até a cidade de realização da prova. E ela garante que mediante ação da justiça, os candidatos que não compareceram para a realização da prova, não sofrerão prejuízos por conta desta ausência, considerando as irregularidades apontadas nesta aplicação de prova – que muito em breve será revista.
Por último, a promotora terminou entrevista afirmando a nulidade das claúsulas do edital que pode multar o município em cerca de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) e pediu apoio de toda comunidade local para combater qualquer tipo de privilégio político que possa ter havido na realização do concurso. Ela ainda convocou a prefeitura a reorganizar um novo concurso dentro do município de Camacan, respeitando também as quotas de vagas para os candidatos negros e índios e que dê oportunidade para que todo e qualquer cidadão seja naturalmente candidato. Quando este gozar das condições legais para inscreverem-se em provas de concurso público.
2 comentários:
Parabéns! Dra Cleide, sempre tive certeza da sua competência e de seu trabalho prestado em camacan.
QUERO VER QUEM VENCE A QUEDA DE BRAÇOS ENTRE PROMOTORIA, ESTADO E MUNICÍPIO.
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