A cada quatro anos, o que mais se ouve é reclamação de prefeitos que assumem o comando dos municípios, substituindo adversários políticos. As queixas comuns dizem respeito a sumiço de computadores, equipamentos, motores de veículos, ausência de informações, de dados imprecisos sobre a administração, dívidas e rombo no caixa. Certamente, em janeiro de 2013, ouviremos a mesma ladainha. Quem é reeleito ou sucede um aliado, o discurso é sempre o da continuidade com avanços. Mas há um recado que vale para todos: a fiscalização está sendo rígida por parte dos tribunais de contas e Ministério Público. Quem não andar nos trilhos e descuidar do dinheiro público, nos próximos quatro anos, correrá um grande risco de ser punido mais adiante. Vejamos quantos exemplos tivemos, mesmo depois das eleições municipais do ano passado. Candidatos eleitos - até com ampla maioria dos votos - tiveram os registros cassados, não foram diplomados e não tomaram posse, justamente por terem contas rejeitadas ou responderem a processos devido irregularidades cometidas quando eram gestores. E não adianta alegar que falta estrutura e pessoal capacitado.De Paulo Carminha
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