quarta-feira, 25 de agosto de 2010

NA BAHIA A CAMPANHA DE SERRA É PREJUDICADA POR RACHA NOS PARTIDOS DA COLIGAÇÃO DELE

Ao eleitor mais desinformado está difícil perceber que o presidenciável tucano José Serra e o candidato democrata ao governo baiano, Paulo Souto, são aliados na Bahia.

Com uma semana de propaganda gratuita em rádio e TV, apenas na segunda-feira (23) houve inserção de imagem e fala de Serra na propaganda de Souto. Quando se avaliam as campanhas das chapas proporcionais, o distanciamento se torna ainda mais evidente.

A decisão tucana de não se coligar nas proporcionais com os democratas tem enfraquecido a campanha do presidenciável em solo baiano - Serra não conta com o apoio dos candidatos democratas, que estariam fazendo "corpo mole".

Segundo reportagem do TERRA, publicada nesta quarta-feira (24), a impressão que se tem ao assistir o programa dos partidos nas proporcionais é que tucanos não têm candidato a governador - Paulo Souto não é citado nas inserções tucanas - e que os democratas não têm candidato a presidente.

*Fonte: Terra Brasil/BA

Um comentário:

Anônimo disse...

Ora, se a oposição nos últimos oito anos não quis se opôr ao governo Lula - ou se opôs mal; se seu candidato a presidente da República, José Serra, esconde o que o PSDB fez de bom no governo Fernando Henrique Cardoso e insiste em fingir que o candidato da continuidade é ele, e não Dilma; respondam-me: por que o eleitor deveria votar contra o governo que aí está? Um governo tão bem avaliado por ele, eleitor, e pela própria oposição?

Estamos de acordo: foi a força de Lula que empurrou Dilma rampa do Palácio do Planalto acima. Mas alto lá. Não foi somente a força dele. A oposição também empurrou Dilma quando renunciou a desempenhar seu papel.

O desastre da candidatura Serra deve ser debitada em grande parte na conta da oposição. Ela colhe o que plantou com tanto esforço.

Naturalmente, Serra deu sua contribuição preciosa para o desastre.

No dia 14 de janeirio último, em entrevista à Christiane Samarco, de O Estado de S. Paulo, por exemplo, Serra afirmou:

- Candidato a presidente não é líder da oposição. (...) Vou apontar para o futuro. Não vou ficar tomando conta do governo Lula.

Ninguém tomou conta.

Deu no que deu.

De onde Serra tirou essa de que candidato a presidente por um partido de oposição não é o líder da oposição? É o quê?

A campanha eleitoral começou em julho passado com os aliados de Serra ainda pedindo votos para ele. Em seguida, os pedidos escassearam. Em seguida, o nome de Serra praticamente sumiu da propaganda deles.

A próxima fase: os aliados pedirão a Serra para que evite visitá-los em seus Estados.

Serra poderia passar à História como o líder da oposição derrotado duas vezes pelo maior mito político da política brasileira do final do século XX e inícío do seguinte - Lula.

Mas não. Passará à História apenas como um político derrotado.

"O PSDB SEMPRE FOI A OPOSIÇÃO QUE QUALQUER GOVERNO GOSTARIA DE TER"