Idealizado
pela então prefeita Marta Suplicy e construído pelo seu sucessor, Kassab, o CEU
– Centro Educacional Unificado de Parelheiros, inaugurado em dezembro de 2008,
nunca teve a mesma estrutura original de sua criadora. Apesar de ocupar uma
área com mais de 25 mil metros quadrados, até os dias de hoje falta de espaço físico
para valorização e promoção da cultura local e cultura inclusiva dos mais de
190 mil habitantes da região. No local onde deveria ser implantado um Teatro,
como em todos os CEU’s da cidade de São Paulo, fora instalada uma obra denominada
de Planetário – que nunca foi utilizada para este fim, por falta do equipamento
principal (lente) e adequação do espaço.
Ao
longo desses oito anos de existência do principal e maior equipamento público
já feito por administração municipal no Distrito, as ações de cultura
realizadas dentro do complexo que reúne Unidades de Ensino, Bloco Esportivo e
Conjunto aquático, vem sendo prejudicado no quesito de ofertar à população bons
espetáculos e musicais por não ter o mínimo de estrutura necessária de som e
iluminação para receber atrações contratadas pela própria prefeitura para
atender diversos CEU’s, bem como Companhias Teatrais voluntárias que se
oferecem para se apresentar no Complexo de Parelheiros. Mas ao constatarem a
falta de equipamento cenográfico e sonorização, logo desistem. Um prejuízo sem limites, a julgar pelo fato
de o principal espaço de inclusão social não atender a carência do povo num dos
quesitos de sua originalidade: shows com efeitos, peças teatrais com produções
cenográficas e uma série de apresentações que requer o mínimo de acústica e
apoio ao elenco.
Para
sanar esse déficit de espaço, o Coordenador do Núcleo de Ação Cultural do CEU
Parelheiros, Ivanilton Pereira
(Dodô), se comprometeu com a comunidade,
com as direções da unidades de ensino instaladas dentro do CEU e com dezenas de
artistas locais da localidade, que iria buscar incentivo para aquisição de uma
benfeitoria que atendesse a demanda de cultura. E assim foi feito. No segundo semestre de 2014 em visita ao
distrito por ocasião de campanha eleitoral para o senado, o coordenador
procurou a então Ministra da Cultura Marta (ainda no PT na ocasião) para lhe
pedir ajuda e trazer um teatro para dentro do polo sociocultural. Foi prontamente
atendido pela ministra, que disse não saber que aquela unidade de CEU não tinha
a mesma estrutura que os demais.
Passados
cinco meses do primeiro contato, o coordenador de núcleo voltou a procurar a
autoridade para atualizar o pedido já feito anteriormente. E foi aí que o
Gabinete da Senadora confirmou seu interesse em viabilizar a construção de um
Centro de Cultura dentro do CEU e enviou representantes de seu mandato para
tratar de uma visita ao local, na qual a benfeitora apresentaria aos presentes,
os valores de uma emenda federal destinada para tal finalidade.
A
visita não aconteceu por questões políticas.
O RELATO PODE SER COMPROVADO NESTE LINK: http://migre.me/r9J1t
Mas a
solicitação feita por Dodô não deixou de existir e o desejo da Senadora de
ajudar na aquisição da obra também não morreu.
Porém, houve um intervalo de contato entre a coordenação cultural do complexo e o
gabinete do senado, onde apareceu nesse intervalo a informação não oficial de
que a prefeitura naquele momento decidiu que disponibilizou um valor de 2
milhões de reais para construção de uma “concha acústica” para atender a
necessidade de espaço cultural. O que não resolveria de hipótese nenhuma a carência
do tal “espaço”, já que uma vez construída uma concha, os participantes e
espectadores dos espetáculos constantemente deixariam de presenciar e assistir
as atrações que ali viessem se apresentar por falta de assentos, de acústica e
de cobertura, já que Parelheiros tem um clima muito atípico que variavelmente
interfere muito no cotidiano, com fortes
neblinas, chuvas rápidas em meio a dias ensolarados e muito frio independente
da estação do ano.
Dois
meses após o cancelamento da visita que levaria para comunidade a oportunidade
de ter o seu teatro, e já de posse da informação do “remendo” que a prefeitura
se propôs a fazer, Ivanilton retomou o contato com o gabinete de senadora que
lhe garantiu a disponibilidade de verba para custear a obra.
DINHEIRO EXTRA PARA CONSTRUÇÃO DO TEATRO:
Foi aí que o responsável pela promoção e o
gerenciamento das atividades culturais entrou em campo.
Em 24 de junho, ele foi
até Brasília. Recebido por Marta em seu gabinete no senado, ele se certificou
do andamento da proposta de emenda parlamentar no valor de 2 milhões já
colocada no sistema de emendas da casa desde 17 de dezembro de 2014, e trouxe
comprovações da verba, na qual acionou a Gestora do CEU, para apresentar tais
papeis para Coordenadora de Programas Especiais da Secretaria Municipal de
Educação (Antiga Sala CEU) Maria Cecília Carlini (Ciça), para dar andamento no
projeto de Construção do Teatro de alvenaria que estava parado por falta de
verba da prefeitura de São Paulo.
CLIQUE NA IMAGEM PARA CONFERIR |
Daí
em diante, aconteceram uma série de reuniões.
A primeira delas no dia 29 de junho quando na companhia da Gestora do
CEU, Professora Selma Alexandre, o Coordenador de Cultura apresentou
documentação para Ciça,
que em seguida apresentou a Secretaria de Educação,
qual delegou o Chefe de Gabinete para ir até o Distrito Federal conferir a
existência da emenda e acionar o departamento de edificações da prefeitura para
tratar de elaborar o projeto adequado às necessidades de Parelheiros e não
perder a disponibilidade da verba proveniente do gabinete da Senadora Marta
Suplicy. Em seguida aconteceu um segundo
encontro com a equipe gestora, o colegiado de diretores das unidades e o
conselho gestor do CEU na própria unidade (24 de julho) onde a Sra. Ciça e um Engenheiro apresentou o primeiro projeto de construção do teatro conhecido como arena orçado em 1 milhão e 800 mil com previsão de entrega da obra em 10 meses. Este não foi aprovado e mais uma reunião foi agendada para semana seguinte (dia 29) para apresentação da proposta de construção de um teatro de alvenaria como em todos os CEU's. Não foi criado – sob alegação de pouco tempo para terminar antes da reunião e foi feito adaptações do que já era chamado de tenda. Nesta reunião estiveram presentes 25 convidados envolvendo representatividade diferentes (Gestora, Coordenadores de Núcleos, Servidores Públicos, Diretores, Conselho Gestor e membros da comunidade, que conforme consta na Ata, votaram em maioria a favor da implantação do Projeto desejado por Dodô que foi pedir ajudar extra para aquisição de um teatro de alvenaria nos moldes tradicionais.
A
votação teve 14 votos a favor da construção de alvenaria e 11 votos a favor da implantação
de tenda multiuso. Uma vez que o tão sonhado teatro agora conta com 4 milhões
para sua implantação.
Ficando
portanto, sabido que para a construção de teatro com alvenaria levará mais
tempo que os 10 meses já conhecido pelo engenheiro que apresentou o projeto de
lona, haja vista que para o outro plano ser concretizado levará mais tempo de
obra em virtude das licenças ambientais e burocracia de outras secretarias.
Porém, todos saíram conscientes de que quem já esperou 8 anos para ter a
possibilidade de ver um teatro alí, espera-se mais um pouco para ver a
concretização desse sonho e deixar essa benfeitoria duradoura para as próximas gerações.
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