segunda-feira, 10 de agosto de 2015

DEPOIS DE 8 ANOS, PARELHEIROS VÊ A POSSIBILIDADE DE TER UM TEATRO

Idealizado pela então prefeita Marta Suplicy e construído pelo seu sucessor, Kassab, o CEU – Centro Educacional Unificado de Parelheiros, inaugurado em dezembro de 2008, nunca teve a mesma estrutura original de sua criadora. Apesar de ocupar uma área com mais de 25 mil metros quadrados, até os dias de hoje falta de espaço físico para valorização e promoção da cultura local e cultura inclusiva dos mais de 190 mil habitantes da região. No local onde deveria ser implantado um Teatro, como em todos os CEU’s da cidade de São Paulo, fora instalada uma obra denominada de Planetário – que nunca foi utilizada para este fim, por falta do equipamento principal (lente) e adequação do espaço. 
Ao longo desses oito anos de existência do principal e maior equipamento público já feito por administração municipal no Distrito, as ações de cultura realizadas dentro do complexo que reúne Unidades de Ensino, Bloco Esportivo e Conjunto aquático, vem sendo prejudicado no quesito de ofertar à população bons espetáculos e musicais por não ter o mínimo de estrutura necessária de som e iluminação para receber atrações contratadas pela própria prefeitura para atender diversos CEU’s, bem como Companhias Teatrais voluntárias que se oferecem para se apresentar no Complexo de Parelheiros. Mas ao constatarem a falta de equipamento cenográfico e sonorização, logo desistem.  Um prejuízo sem limites, a julgar pelo fato de o principal espaço de inclusão social não atender a carência do povo num dos quesitos de sua originalidade: shows com efeitos, peças teatrais com produções cenográficas e uma série de apresentações que requer o mínimo de acústica e apoio ao elenco.
Para sanar esse déficit de espaço, o Coordenador do Núcleo de Ação Cultural do CEU Parelheiros, Ivanilton Pereira (Dodô),  se comprometeu com a comunidade, com as direções da unidades de ensino instaladas dentro do CEU e com dezenas de artistas locais da localidade, que iria buscar incentivo para aquisição de uma benfeitoria que atendesse a demanda de cultura. E assim foi feito.  No segundo semestre de 2014 em visita ao distrito por ocasião de campanha eleitoral para o senado, o coordenador procurou a então Ministra da Cultura Marta (ainda no PT na ocasião) para lhe pedir ajuda e trazer um teatro para dentro do polo sociocultural. Foi prontamente atendido pela ministra, que disse não saber que aquela unidade de CEU não tinha a mesma estrutura que os demais.
Passados cinco meses do primeiro contato, o coordenador de núcleo voltou a procurar a autoridade para atualizar o pedido já feito anteriormente. E foi aí que o Gabinete da Senadora confirmou seu interesse em viabilizar a construção de um Centro de Cultura dentro do CEU e enviou representantes de seu mandato para tratar de uma visita ao local, na qual a benfeitora apresentaria aos presentes, os valores de uma emenda federal destinada para tal finalidade.
A visita não aconteceu por questões políticas.

O RELATO PODE SER COMPROVADO NESTE LINK: http://migre.me/r9J1t  

Mas a solicitação feita por Dodô não deixou de existir e o desejo da Senadora de ajudar na aquisição da obra também não morreu.
Porém, houve um intervalo de contato entre a coordenação cultural do complexo e o gabinete do senado, onde apareceu nesse intervalo a informação não oficial de que a prefeitura naquele momento decidiu que disponibilizou um valor de 2 milhões de reais para construção de uma “concha acústica” para atender a necessidade de espaço cultural. O que não resolveria de hipótese nenhuma a carência do tal “espaço”, já que uma vez construída uma concha, os participantes e espectadores dos espetáculos constantemente deixariam de presenciar e assistir as atrações que ali viessem se apresentar por falta de assentos, de acústica e de cobertura, já que Parelheiros tem um clima muito atípico que variavelmente interfere muito  no cotidiano, com fortes neblinas, chuvas rápidas em meio a dias ensolarados e muito frio independente da estação do ano.
Dois meses após o cancelamento da visita que levaria para comunidade a oportunidade de ter o seu teatro, e já de posse da informação do “remendo” que a prefeitura se propôs a fazer, Ivanilton retomou o contato com o gabinete de senadora que lhe garantiu a disponibilidade de verba para custear a obra.

DINHEIRO EXTRA PARA CONSTRUÇÃO DO TEATRO:
Foi aí que o responsável pela promoção e o gerenciamento das atividades culturais entrou em campo.
 CLIQUE NA IMAGEM PARA CONFERIR
Em 24 de junho, ele foi até Brasília. Recebido por Marta em seu gabinete no senado, ele se certificou do andamento da proposta de emenda parlamentar no valor de 2 milhões já colocada no sistema de emendas da casa desde 17 de dezembro de 2014, e trouxe comprovações da verba, na qual acionou a Gestora do CEU, para apresentar tais papeis para Coordenadora de Programas Especiais da Secretaria Municipal de Educação (Antiga Sala CEU) Maria Cecília Carlini (Ciça), para dar andamento no projeto de Construção do Teatro de alvenaria que estava parado por falta de verba da prefeitura de São Paulo. 
Daí em diante, aconteceram uma série de reuniões.  
A primeira delas no dia 29 de junho quando na companhia da Gestora do CEU, Professora Selma Alexandre, o Coordenador de Cultura apresentou documentação para Ciça,
que em seguida apresentou a Secretaria de Educação, qual delegou o Chefe de Gabinete para ir até o Distrito Federal conferir a existência da emenda e acionar o departamento de edificações da prefeitura para tratar de elaborar o projeto adequado às necessidades de Parelheiros e não perder a disponibilidade da verba proveniente do gabinete da Senadora Marta Suplicy.  Em seguida aconteceu um segundo encontro com a equipe gestora, o colegiado de diretores das unidades e o conselho gestor do CEU na própria unidade (24 de julho)  
onde a Sra. Ciça e um Engenheiro apresentou o primeiro projeto de construção do teatro conhecido como arena orçado em 1 milhão e 800 mil com previsão de entrega da obra em 10 meses. Este não foi aprovado e mais uma reunião foi agendada para semana seguinte (dia 29) para apresentação da proposta de construção de um teatro de alvenaria como em todos os CEU's. Não foi criado – sob alegação de pouco tempo para terminar antes da reunião e foi feito adaptações do que já era chamado de tenda. Nesta reunião estiveram presentes 25 convidados envolvendo representatividade diferentes (Gestora, Coordenadores de Núcleos, Servidores Públicos, Diretores, Conselho Gestor e membros da comunidade, que conforme consta na Ata, votaram em maioria a favor da implantação do Projeto desejado por Dodô que foi pedir ajudar extra para aquisição de um teatro de alvenaria nos moldes tradicionais.

A votação teve 14 votos a favor da construção de alvenaria e 11 votos a favor da implantação de tenda multiuso. Uma vez que o tão sonhado teatro agora conta com 4 milhões para sua implantação. 
Ficando portanto, sabido que para a construção de teatro com alvenaria levará mais tempo que os 10 meses já conhecido pelo engenheiro que apresentou o projeto de lona, haja vista que para o outro plano ser concretizado levará mais tempo de obra em virtude das licenças ambientais e burocracia de outras secretarias. Porém, todos saíram conscientes de que quem já esperou 8 anos para ter a possibilidade de ver um teatro alí, espera-se mais um pouco para ver a concretização desse sonho e deixar essa benfeitoria duradoura para as próximas gerações. 

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