segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ACESSO ÀS REDES SOCIAIS AJUDAM NO RELACIONAMENTO

Os pais dos jovens que viveram antes da internet não sabiam muito bem o que seus filhos compartilhavam, o que os amigos deles pensavam e, às vezes, nem por onde os adolescentes andavam. Com a tecnologia e as redes sociais, a convivência familiar ficou mais estreita. Além de aproximar quem está longe, as ferramentas permitem conhecer um pouco mais do universo de cada um. 
Pelo Facebook, por exemplo, alguns pais têm uma ideia melhor do que se passa na vida e na cabeça dos filhos. "Através das postagens, conheço suas ideologias, seus pensamentos e o que acontece no seu entorno. As vontades e os desejos dela aparecem nas entrelinhas do que ela compartilha e comenta", diz a empresária Érica Marques, atuante na área de marketing digital, acerca do comportamento de sua filha Piettra Marques Rebelo, 16 anos, que criou o perfil na rede social há quatro anos com o aval da mãe. 

A psicóloga Mariana Matos, professora de cursos de extensão sobre novas tecnologias e relacionamentos da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), acredita que as redes sociais apenas reforçam mudanças na família que já vinham acontecendo. "Antes dessas tecnologias, já havia uma abertura maior para o diálogo, as relações se tornaram mais íntimas e as crianças ganharam importância e participação na vida da família", explica. 
Mas se antes bastava o adolescente fechar a porta do quarto para se isolar, hoje, isso já não é mais suficiente. "Existem tantos meios de contato que é normal os pais terem mais acesso ao que os filhos pensam, com quem se relacionam e perceber se há algum problema", observa Mariana. 
Para o psicólogo Gonzalo Bacigalupe, professor do programa de Terapia Familiar da Universidade de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos, uma das vantagens da tecnologia, como celulares e redes sociais, no cotidiano familiar é a possibilidade de maior participação no dia a dia mesmo à distância. "Isso permite que as pessoas tomem decisões em colaboração com as outras", destaca. *Do Uol. 

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