Há pouco mais de dois anos, fui convidado para assumir o
cargo de Coordenador do Núcleo de Cultura do CEU Parelheiros, com o desafio de
utilizar bem de minhas experiências profissionais e aprendizado político, para
levar apara a unidade de CEU, um caráter que alavancasse a cultura local,
contemplando com melhor oferta de opções culturais. Um desafio instigante.
Confesso (e comprovo) que não foi das tarefas mais fáceis,
pois alí sequer havia recursos como espaço físico apropriado – som - iluminação e gerador de energia para servir
adequadamente para promoção de eventos e acomodação dos participantes.
Passou-se um ano e meio e a coisa só piorou. Porque até as
atrações que recebíamos por meio de contratações da prefeitura, passaram a
descartar suas apresentações no CEU, por falta de estrutura. Então iniciamos o
duro tempo de colecionar prejuízos culturais: onde já tinha uma série de
aparelhos de som com defeitos e iluminação queimada (pelo tempo de uso sem
substituição) e sem previsão de reativação por cerca de dois anos antes de
minha chegada, passamos a contabilizar também, a falta de contratação e envio
de atrações por completo. Pois a esta altura a prefeitura já nos informara que
estava sem recursos para dar continuidade às contratações feitas por um
processo denominado PROART, que gerenciava atrações para todos os CEUs e casas
de cultura. Findou-se aí a função cultural do CEU Parelheiros!
Pela Necessidade de fazer acontecer efetivamente algo que
viesse tornar possível a elevação dos índices culturais da localidade que tanto
se fala ser dos piores de desenvolvimento humano da capital e, conhecedor da
real situação do descaso com Parelheiros, ousei buscar ajuda para ver
concretizar no CEU, a implantação do equipamento essencial para resolver todos
os problemas apontados anteriormente, o teatro.
Uma vez que a instalação deste, já abrirá dezenas de oportunidades de
promoção de diversas ações culturais que não dependem da contratação, posto
que, diferentes companhias de entretenimento se oferecem gratuitamente para realizar
espetáculos no espaço, bem como os artistas regionais de diferentes modalidades
ganham espaço apto para desenvolvimento de sua vocação cultural, contemplando a
comunidade em geral.
Como dito no início deste artigo: Uma Conquista. E devo dizer o porquê de partilhar isso com
você internauta que me prestigia com a leitura de meu blog ao longo desses
anos.
Muitos de vocês conhecem minha origem, minha caminhada de
cidadão, meu currículo profissional e o quanto sou comprometido com causas
públicas.
A utilização de um teatro, a satisfação de ter empreendido
meus esforços para ver acontecer algo que vai marcar a evolução cultural e a
história de uma localidade carente de espaço e que confiou em minha atuação, é
mais que uma conquista – é um prêmio para minha carreira profissional.
Enfim, estou feliz por ter sido útil na defesa do interesse
do povo que me acolheu.
*Dodô – Ex-Coordenador de Ação Cultural do CEU
Parelheiros.
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